domingo, 7 de novembro de 2010

Rascunhos Íntimos

Antes, linhas imaginárias não eram entendidas...
Utopias grandiosas ocasionavam sentimentos tremendos!
Outrora, minha última idéia teve os desvaneios explicados:
VOCÊ!

Estive sempre pensando em reescrever
O que ufanei em últimos momentos daquele
Inimaginável acontecimento.
Você o compreende e pode, oniricamente, sentir saudades.

Assim levamos esses rascunhos íntimos sobre sonhos;
O estado sentimental estranho, levemente entorpecente...
Meus braços rapidamente arrepiam relembrando
DE ALGUÉM QUE SEMPRE TE AMOU!

Nada acontece ocasionalmente;
Sempre o coração organiza minuciosamente os últimos momentos.
As minhas ufanas liras hoje entrego, rascunhando meus anseios secretos.
Todavia, ainda minha boca estremece
Mirando com os meus olhos uma moça: A GRANDE AMIGA.


Fernando Neves; Projetos Aleatórios.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Desejo

Lágrimas no adeus;
E um refúgio a saudade tornou-se
Da realidade dos meus eus.

Um buraco negro é o qu'eu vejo?
Apenas sinto a minha alma como um.
Suga vidas, emoções; meu desejo.
Desejo do ter algo tão banal. Tão comum.

Oh, vida que vaga sem direção!
Perco-me nos meus pensamentos,
Nos meus poucos sentimentos;
Será o fim uma salvação?

Incrível essa ligação humana
Entre o físico e o não-físico.
Ah, como minha mente é leviana!


Fernando Neves; Projetos Aleatórios.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Que horas são?

E o tempo estaciona.
Aquela velha concepção temporal
Passa a ser nula agora...
Minha mente abre um vácuo.
Um vácuo cheio de memórias;
Lembranças;
Passados.
Lapso crono-memorial.
O tempo deixa de ser abstrato,
Transforma-se em espaço.
Nada é arbitrário aqui:
Cenas e imagens mesclam;
Repetem;
Começam do fim, terminam no meio.
Talvez uns segundos de delírios.
Talvez uns segundos de lucidez.
Piscadelas. Mãos aos olhos.
Um longo e demorado bocejo...
E os olhos cansados focalizam
Um material metálico nos braços:
- Será que cochilei?


Fernando Neves; Rascunho do dia.