terça-feira, 13 de maio de 2008

E o Kiko?

Acorda, levanta, escova os dentes, joga água no rosto e talvez toma um café da manhã. Depois trabalha, estuda ou simplesmente não faz nada. Desce a noite e... AH, CHEGA! Não quero repetir tudo isso em novas linhas e parágrafos tão cansativos e monótonos quanto nosso próprio cotidiano.

Sendo irônico e precipitado, as vezes penso que os melhores dias são aqueles em que as coisas começam a dar tudo errado. Fico até um tanto mais pensativo, quando sinto a necessidade de refletir no que aconteceu, o que talvez poderia ter acontecido... chegando até cogitar situações ridículas e engraçadas. E então concluo: esses dias são os mais diferentes, originais e provocam muita reflexão intrapessoal, pois os improvisos e situações embaraçosas confrontam-se!

Interessante é essa nossa capacidade de hipotetizar situações, planejar outras... sonhar. Atribuímos então em meio de todos esses possíveis planos uma meta, um objetivo. E generalizando tudo isso temos o denominado Destino. Chegamos até atribuir relações místicas a esse meio e postular em doutrinas a Predestinação. Pergunto-me se o sentido de tudo isso está realmente atrelado por um destino predeterminado para cada ser. Se estamos sobre influência de deuses, forças superiores e mentes universais. Ou até se existe um equilíbrio natural do mundo. A influência de doutrinas teísta e ateístas nos coloca em um meio extremamente caótico cheio de controvérsias e ceticismo.

O que me corroe com Ira e Angústia é indagar o sentido de tudo isso, sentido da vida, sentido de estarmos aqui criando idéias, conceitos, regras; e ao fim não chegar a uma conclusão completa e verdadeiramente compatível as necessidades do meu ser. Passamos, então, décadas e mais décadas criando filosofias, buscando idéias e inspirações nos pensamentos de antepassados, idealizando estilos de vida... sendo que tamanha diversidade não é o bastante para satisfazer meu ser de apenas uma pergunta: "Qual é o sentido de tudo isso?".

E depois de todo esse projeto de fluxo de consciência alguém pode se perguntar: "E o Kiko?". Bom, voltemos a Caverna que lá as sombras nos preza de alguma ignorância feliz.


Fernando Neves