Então crio uma personagem: João, 15 anos, tipo físico magro com 1,80 de altura. Nada muito extraordinário em seu rosto, olhos rapidamente frios e calculistas, cabelos cacheados e nariz pontudo. Mais alguma coisa? Bom, temos uma criatura com requisitos predeterminados, agora basta criar uma história, desenvolver um conflito, enriquecer o clímax com acontecimentos inesperados e, então, terminar a narração de maneira peculiar tendo João como nosso grande herói! Ah, que maçada. Quero uma história diferente, comecemos logo a brincar de narrador onisciente!
Há coisa mais legal que saber o pensamento das personagens? Prever suas ações, sentimentos e emoções? Sim, eu posso. Sou o narrador onisciente, o onipresente e o onipotente; aquele que começa e termina a história! Pois bem, João está nesse exato momento fazendo uma prova. Que surpresa, é um exame de língua portuguesa. Ele está acabando, falta uma questão objetiva; vou ajudá-lo. A resposta certa é a alternativa “d”, João. Não, não é a “c”! João, é a “d”. Rapaz, você irá errar, eu sou o narrador, você deve me obedecer! Que decepção, João assinalou a outra alternativa. Como pode meu personagem desrespeitar as minhas ordens?
Alegre e saltitante, João sai da sala de prova. Parece que ele está com fome; vou ajudá-lo. Crio agora mais dois personagens que serão amigos do João. Marcelo, um garoto de 16 anos, estatura média, considerado muito inteligente na turma, uma personagem amigável e muito íntima de João. Ah, só tem homens nessa história! Crio, então, Maria: menina bonita de cabelos negros bem lisos e longos, corpo escultural sendo um pouco mais baixa que os garotos.
Agora sim! Temos um grupinho de amigos. Já os descrevi e não posso esquecer-me que João está com fome. Pois bem, Maria convida os dois meninos para almoçar na lanchonete próxima à escola, porém João recusou. O quê? João recusou? Mas como pode ter isso acontecido? Eu tenho certeza que ele estava com fome! Marcelo então convida o grupo para ir ao shopping. Mas eu permiti isso? OK. Vamos ver o que irá acontecer...
Eles estão indo para a ala do cinema, irão ver algum filme; vou intervir novamente. Há apenas dois filmes em cartaz: “A volta dos que não foram” e “As tranças do Rei careca”. Hoje o dia foi exclusivo para comédia! Quero que assistam ao segundo filme. Marcelo o sugeriu para o grupo, entretanto, João acha que o primeiro filme é mais engraçado. Maria também concorda. Como? O que está acontecendo? Não sou eu o narrador onisciente dessa história? Ah, cansei: oferecia lhes as oportunidades, mas no final fizeram o que mais queriam. Vejo que sou apenas um narrador observador.
Fernando Neves
Há coisa mais legal que saber o pensamento das personagens? Prever suas ações, sentimentos e emoções? Sim, eu posso. Sou o narrador onisciente, o onipresente e o onipotente; aquele que começa e termina a história! Pois bem, João está nesse exato momento fazendo uma prova. Que surpresa, é um exame de língua portuguesa. Ele está acabando, falta uma questão objetiva; vou ajudá-lo. A resposta certa é a alternativa “d”, João. Não, não é a “c”! João, é a “d”. Rapaz, você irá errar, eu sou o narrador, você deve me obedecer! Que decepção, João assinalou a outra alternativa. Como pode meu personagem desrespeitar as minhas ordens?
Alegre e saltitante, João sai da sala de prova. Parece que ele está com fome; vou ajudá-lo. Crio agora mais dois personagens que serão amigos do João. Marcelo, um garoto de 16 anos, estatura média, considerado muito inteligente na turma, uma personagem amigável e muito íntima de João. Ah, só tem homens nessa história! Crio, então, Maria: menina bonita de cabelos negros bem lisos e longos, corpo escultural sendo um pouco mais baixa que os garotos.
Agora sim! Temos um grupinho de amigos. Já os descrevi e não posso esquecer-me que João está com fome. Pois bem, Maria convida os dois meninos para almoçar na lanchonete próxima à escola, porém João recusou. O quê? João recusou? Mas como pode ter isso acontecido? Eu tenho certeza que ele estava com fome! Marcelo então convida o grupo para ir ao shopping. Mas eu permiti isso? OK. Vamos ver o que irá acontecer...
Eles estão indo para a ala do cinema, irão ver algum filme; vou intervir novamente. Há apenas dois filmes em cartaz: “A volta dos que não foram” e “As tranças do Rei careca”. Hoje o dia foi exclusivo para comédia! Quero que assistam ao segundo filme. Marcelo o sugeriu para o grupo, entretanto, João acha que o primeiro filme é mais engraçado. Maria também concorda. Como? O que está acontecendo? Não sou eu o narrador onisciente dessa história? Ah, cansei: oferecia lhes as oportunidades, mas no final fizeram o que mais queriam. Vejo que sou apenas um narrador observador.
Fernando Neves
Sensacional o/
ResponderExcluir"Eu sou o narrador"
Pena que nao saiba o tipo dele xD
Hum. interessante! ^^
ResponderExcluirFaz o ato de escrever uma arte neah?!
E este narrador entao? hehehehe
Vi q escreves muito bem!
;D
Obs: Comentar aqui é um pouco complicadinho né?! ^^' hehehehe
É prepotência brincar de Deus, mas seria hopocrisia minha dizer que não gosto..
ResponderExcluirAUIEHiAHEiUAHEiuHIE