E o tempo estaciona.
Aquela velha concepção temporal
Passa a ser nula agora...
Minha mente abre um vácuo.
Um vácuo cheio de memórias;
Lembranças;
Passados.
Lapso crono-memorial.
O tempo deixa de ser abstrato,
Transforma-se em espaço.
Nada é arbitrário aqui:
Cenas e imagens mesclam;
Repetem;
Começam do fim, terminam no meio.
Talvez uns segundos de delírios.
Talvez uns segundos de lucidez.
Piscadelas. Mãos aos olhos.
Um longo e demorado bocejo...
E os olhos cansados focalizam
Um material metálico nos braços:
- Será que cochilei?
Fernando Neves; Rascunho do dia.
sábado, 9 de janeiro de 2010
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